Eu já errei muito quando deixei meu coração tomar certas decisões por mim, quando me rastejei aos pés de alguém ao perceber a chegada do fim, quando eu insisti, implorei, pedi, chorei , me humilhei para que ele não se afastasse de mim. Eu já errei muito quando eu perdi o controle total da minha
vida só por não saber aceitar o fim, e acreditem, sofri mais pela minha ignorância do que pela partida de alguém que não estava mais em mim. As vezes da medo sim, os distanciamentos é o terror da alma, porque não sabemos como vamos sobreviver sem aqueles hábitos bobos que tínhamos a dois, aquelas manias, aqueles costumes diários, mas com o tempo vamos entendendo que ali já não havia mais sentimentos , a não ser uma dependência idiota de um coração que não conhecia mais a sua própria vontade . A gente vai se reconhecendo e ao mesmo tempo que sentimos vazios pela ausência, sentimos liberdade pelo espaço que vai se abrindo por dentro . Os fins apertam o coração, dói demais , dilacera a alma, rouba a alegria sim , mas tudo passa e no lugar da ferida se refaz a carne, no lugar da dor se refaz o amor, no lugar da perda se refaz a esperança. E é pelas esperas que se refaz um coração. Tudo passa quando a gente se aquieta. Tudo se refaz quando a gente acredita.
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